Por que ficamos uns contra os outros em situação de ameaça?

Por Celina Omori | Uncategorized

mar 24

Afinal, quem é o inimigo nesta crise?

Para um ser pensante, com emoções e processos psíquicos, a resposta desta pergunta não é tão simples.

Sabemos que estamos enfrentando um vírus chamado Covid-19, mas continuamente presenciamos movimentos que buscam outros CULPADOS, especificamente, culpados HUMANOS.

É o chamado movimento da culpabilidade que tenta associar doenças a grupos com características específicas, como gênero, nacionalidade, etnias e etc.

Porém, essas conclusões não são cientificamente comprovadas e iludem com soluções simplistas que não resolvem a situação.

O processo da culpabilidade, é um processo humano.

Diante de uma situação de medo e estresse, qualquer um pode mentalmente criar um mecanismo de busca por “alguém que eu possa culpar” para isentar minhas responsabilidades da situação.

A OMS alerta que na era da internet a maior ferramenta para se instalar o cenário da culpabilidade é a linguagem através de agressões verbais.

Porém, ela pode também evitar o surgimento de preconceitos e estigmas contra pessoas se bem utilizada.

Todos estamos sujeitos, se não nos supervisionarmos, de verbalizar uma palavra ou frase que culpe alguém do que estamos vivendo.

Por isso, observe suas ações, evitando dar uma identidade humana ao vírus Covid-19 e busque compartilhar mensagens que espalhem informações reais sobre o vírus e principalmente histórias com modelos humanos que evoquem compaixão, solidariedade, generosidade, bondade e cooperação.

Para combater preconceitos e estigmas é necessário muita informação e exemplos de ações humanizadoras que amoleçam os corações endurecidos.

Lute conosco a batalha pela Saúde Mental: PEÇA AJUDA, OFEREÇA AJUDA, INDIQUE POR AJUDA.

Sobre o autor

Graduada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP com especialização em Linguística – Aquisição e Aprendizagem da Linguagem, começou a formação explorando as teorias de aprendizagem e formação humana, com grande interesse principalmente na psicologia e pedagogia. Encontrou no universo da educação o que futuramente seria sua maior habilidade e paixão: formar pessoas. Responsável por elaborar e ministrar treinamentos, desenvolver e reter talentos, planejamento estratégico, reestruturação de processos operacionais, definir e acompanhar indicadores gerenciais. Atualmente, atua apenas como mentora e consultora, auxiliando pessoas a desenvolverem técnicas de soluções de problemas e construção de relacionamentos para uma descoberta além das habilidades comportamentais, mas principalmente para um desenvolvimento completo físico, intelectual, comportamental e social.